quinta-feira, 7 de outubro de 2010

O que me preocupa não é o grito dos maus. É o silêncio dos bons.

Vivo um momento diferente do que tudo que vivi durante toda a minha vida, pela primeira vez, desde que comecei a votar o nome do presidente Lula não está na “cédula eleitoral”! Estranho perceber que vivemos um momento político diferente onde na arena só há leões e nenhum gladiador (gente comum), onde os leões das mais diversas cores (verdes, laranjas, cores de rosa e etc) foram eliminados por uma espécie de ´seleção natural´ popular. Onde o povo não sabe nem se sabe, mais em quem acreditar; onde os diferentes até se mostram iguais, onde o tamanho e as cores dos leões que sobraram ficaram quase idênticas, onde nos alto-falantes que narram o duelo da arena produzem “verdades” nem tão verdadeiras assim, onde a industria da mídia produz e enterra grandes-pequenos líderes, onde as centrais de boatos são capazes de derrotarem as verdades e onde o reino do faz de conta começa a mostrar suas garras e a esperança passa novamente a ser ameaçada pelo medo fictício.

Hoje, assistindo um tele-jornal me lembrei de uma frase de Martin Luther King, onde ele botou o dedo na ferida e mostrou sua preocupação. Ontem, navegando pela internet me surpreendi com pastores de fama e “respeito” que atravessam as fronteiras brasileiras que trocam de lado conforme conveniência momentânea, com artistas de todos os quilates e pessoas comuns como eu, se pronunciando a favor do candidato A e contra o candidato B e vice-versa. O que mais me surpreendeu foi um pastor do sul do país, sabendo que só existem dois candidatos, ter a audácia de me chamar de burro nas entrelinhas do que disse: “... não to pedindo pra votarem em ninguém, só to pedindo para não votarem no candidato X ...” Onde vamos chegar? Será que os bons vão permanecer calados até como se diz aqui em Pernambuco: ´a merda virar boné´ ou até esse caminhão que estamos faltar freio no meio da ladeira? Os artistas, os intelectuais, os grandes religiosos, fizeram desse país chacota para o resto do mundo durante séculos; enquanto os bons permanecerem calados a chacota irá continuar! Sei que esse mundo jaz, e que pouco do que fizermos irá remover a desgraça que já aprontaram, mas enquanto por aqui eu estiver, farei de tudo (mesmo que seja pouco) para que a minha vida a da minha filha e dos meus pares seja a melhor possível!



O que me preocupa não é o grito dos maus. É o silêncio dos bons.Martin Luther King




Dia de luz, festa de sol...


Hoje eu acordei mais romântico do que normalmente acordo... Consegui até encontrar alguma beleza no mar que calmamente se recolhia em direção ao continente africano, cheguei a parar por alguns instantes na janela da sala, antes do café que quase estava pronto, para admirar tal beleza. Impressionado com tamanha beleza, tive até vontade que tomar um banho de mar, algo que não acontecia há anos, vi pessoas caminhando ao longe, mar adentro, cerca de setecentos metros pareciam andar por sobre as águas (me lembrou Jesus), via pedras ao fundo do mar e crianças brincando mesmo ao longe ainda raso, lindamente os observava.... Cai na real e o dia começou!!!

Mesmo com todo romantismo da manhã, o dia encaminhou como sempre, stress, muito stress! Hoje pude observar que a pessoa que mais me faz mal sou eu mesmo! Que se não fosse eu, a minha vida seria muito melhor! Sou eu quem permito que pessoas não tão boas se aproximarem de mim e algumas vezes os chamo até de amigos!

Comigo mesmo, aprendi que só quem me faz mal de verdade, são as pessoas em que consinto a se aproximarem de mim, por que é muito difícil alguém me ferir de longe, só quem eu permito chegar perto é quem me fere!! O pior é perceber que tolero o mesmo erro por mais de uma vez, e ainda tenho a coragem de ficar chateado com a pessoa em questão, quando na verdade deveria morrer de raiva de mim mesmo e não me aturar mais por pelo menos uns trinta dias e tentar viver sem mim. Mas fico raivoso e tento descontar a raiva que na verdade to sentindo de mim na outra pessoa que deixei errar comigo por mais de uma vez...

Volto pra casa e percebo o mar revolto, empafioso, querendo avançar em direção a Petrolina! E, há poucos minutos atrás o olhei e o vi calmo, tive a impressão de reconhecê-lo em mim! Que me revolto com quem não deveria e muito menos, me acalmo quando menos precisaria!

Vejo um Barquinho a deslizar no mar prateado de Meu Deus, como se lá... Bem no fundo e bem ali a referencia o fizesse o centro de tudo que há como somos e não vemos!

(...) Tudo isso é paz, tudo isso traz, uma calma de verão e então

O barquinho vai, a tardinha cai. . . (Roberto menescal/Ronaldo Boscoli)